
João Campos, apesar da juventude, tem consolidado uma gestão inovadora, com forte apelo popular, sobretudo entre os jovens e mulheres. Sua administração à frente da capital pernambucana tem sido marcada por políticas públicas voltadas para a inclusão social, modernização urbana e fortalecimento da cultura local. Mas é justamente esse protagonismo que desperta a fúria dos dois polos políticos que se unem contra ele.
De um lado, a extrema-direita, enfraquecida nas urnas e desmoralizada por escândalos, vê em João um obstáculo real à reconstrução de seu capital político. Do outro, o raquelismo — corrente política que se fortaleceu com a vitória de Raquel Lyra ao governo estadual — encara o crescimento do jovem prefeito como uma ameaça à sua hegemonia regional e aos planos futuros de poder.
Mesmo com discursos públicos distintos, ambos os campos se encontram na prática: o objetivo comum é desgastar João Campos a qualquer custo.
A campanha de desinformação e ataques articulados nas redes sociais e em setores da imprensa conservadora tem sido sintomática.
A estratégia envolve críticas enviesadas à gestão do Recife, tentativa de reescrever episódios da história recente do PSB e até resgates oportunistas da vida pessoal do prefeito. Tudo isso ocorre enquanto a gestão estadual enfrenta sérias dificuldades: perda de protagonismo nacional, fragilidade administrativa e, mais recentemente, os impactos negativos do tarifaço de Trump, que pode gerar um prejuízo estimado de R$ 377 milhões ao estado — algo que a governadora tenta contornar com pedidos de empréstimo.
Não é coincidência que, em vez de assumir responsabilidade ou apresentar soluções, a retórica do Palácio das Princesas busque constantemente responsabilizar terceiros, com João Campos como alvo preferencial. Ao mesmo tempo, figuras do MBL, Novo e outros satélites do bolsonarismo oportunisticamente ecoam essa narrativa, reforçando a imagem de um inimigo comum.
Essa aliança tática entre raquelismo e extrema-direita não se baseia em princípios, mas em conveniência política. Ambos sabem que João Campos, se mantiver o ritmo e a aprovação, não será apenas um nome competitivo para reeleição em Recife. Ele será, em breve, uma figura central no debate nacional — seja em articulações para o Governo de Pernambuco, seja em projetos maiores no cenário brasileiro.
A democracia só tem a perder com esse tipo de conluio entre polos autoritários e personalistas. Cabe à população, aos movimentos sociais e aos setores progressistas entenderem o que está em jogo e se posicionarem com firmeza. Porque quando os extremos se unem para atacar, geralmente é porque o centro democrático está no caminho certo.
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